POR EDUARDO MEIRELLES
Ontem em conversa descontraída com minha esposa e um amigo, começamos a divagar sobre o que seria do futuro do Brasil, de acordo com as medidas emergenciais que o nosso governo tomou e que agora vamos pagando um preço caro por isso. Além do que, não podemos considerar que chegaremos em um fim, pois a vida de todos continuará, normalmente, após a Copa do Mundo e as eleições de 2014. Os mistérios de uma economia flutuante e incerta, o destino do dinheiro e o que acontecerá se não surgir um governante que modifique essa política financeira, fadada ao fracasso, conforme já foi testemunhado nos EUA.
Do ponto de vista liberal e autônomo, no qual nós 3 nos encontrávamos na conversa, a economia brasileira chegou em um ponto de estabilização, mas em um gráfico baixo. O que vivenciamos em 2010 quando o governo aumentou linha de créditos e liberou dinheiro para muitos, não faz mais parte da realidade. Convivemos com muita oferta e pouca procura. E o dinheiro dos investidores? Onde eles estão aplicando? Se a poupança não tem mais uma rentabilidade interessante, assim como os fundos de renda fixa, e os imóveis estão aparentando ser muito arriscado de investir, onde está todo esse dinheiro? Muitos estão pagando financiamentos que fizeram nos anos anteriores, na hora certa em que tinha muito dinheiro no mercado.
Ao meu ver, os bancos estão tendo que criar novas estratégias pra arrecadar dinheiro. A SELIC estável não atrai investidor e, assim, o arrecadamento bancário para distribuir financiamentos está mais curto. Hoje já se vê mais dificuldade em conseguir um empréstimo ou fazer um financiamento, porque o risco de contrato está maior. Penso que a o governo não vai poder segurar a taxa básica de juros por tanto tempo se quiser manter a inflação na meta de 6,5%, pois se é o consumo que segura ela nesse valor, o consumo está acabando.
A classe média emergente, criada com o lançamento de crédito no mercado, corre muito risco de ser extinta e seus integrantes serem incluídos na classe miserável, pois o que mais se ouve por aí são notícias de micro e pequenos empreendedores, pessoas que vislumbraram abrir o próprio negócio, pegaram dinheiro emprestado e agora tem que competir com um mercado abarrotado de opção e preços altos. Voltamos a Lei da Selva e da Sobrevivência, apenas os mais fortes sobrevivem.
Empresa particular com foco em intermediação na venda de imóveis e empresas. Contatos: Eduardo Meirelles (62) 8262 0222 / 3215 3005 ehmeirelles@hotmail.com Rua 10 nº 250 sala 1401 Ed. Trade Center, setor Oeste
EHM Investimentos 
No olhar do otimista, isso nada mais é que uma correção do gráfico, como em ações, um gráfico ascendente também corrigirá para voltar a crescer. O pessimista diria que tempos difíceis virão.
Aprendi (mercado de ações) que nas crises estão as melhores oportunidades, basta saber o momento certo e principalmente o papel a se investir.
Acredito que o Brasil vai bem e o gráfico está estabilizando com a chegada da copa, principalmente para as cidades que estão fora do eixo da copa, mas quem já conseguiu seu lugar ao sol da copa, investirá pesado porque acredito que o retorno é bastante promissor.
A Bolha imobiliária é possível com uma recessão maior referente a copa do mundo, mas creio que com a corrupção nas obras emergênciais farão um evento rentável para quase todos e assim caminhará como sempre, Brasil, corrupção, crescimento.
Com base nessa pouca experiência minha com investimentos, diria sobre uma visão holística do Brasil, que mesmo com uma maior exigência para o crédito, aumento da inadimplência, grande oferta e possível estabilização dos preços, queda do preço do ouro, etc. O Brasil está em seu movimento de correção e só saberemos se o gráfico chegou a um topo ou romperá essa resistência (subirá ainda mais) apenas mais próximo da tão falada Copa do Mundo.
Para um visão empreendedora hoje requer muito mais conhecimento do mercado, acho que o melhor a se fazer é não colocar todos os ovos no mesmo cesto e sim variar nos investimentos.